O Programa de Intervenção Educativa para Aumentar a Atenção e a Reflexividade

O Programa de Intervenção Educativa para Aumentar a Atenção e a Reflexividade (PIAAR-R) tem como objetivos ajudar os jovens a superar dificuldades de atenção e de concentração, promover e desenvolver estratégias cognitivas eficazes, com o intuito de aumentar a capacidade de adaptação da resposta e, por fim, encorajar o desenvolvimento de áreas como o autocontrolo verbal, a resolução de problemas, a discriminação visual, a atenção, a concentração e a reflexividade.

Materiais:

• Manual do Utilizador (comum aos dois níveis);
• Nível 1 – caderno de exercícios;
• Nível 1 – conjunto de cartões ilustrativos;
• Nível 2 – caderno de exercícios.

No manual do utilizador pode encontrar a descrição de todas as sessões - 25 do primeiro nível e 30 do segundo nível, cada uma com duração de 20 a 30 minutos

O nível 1 destina-se a crianças dos 7 aos 11 anos, enquanto o nível 2 se destina a crianças dos 9 aos 14 anos. No início de cada sessão são apresentados os objetivos, as técnicas utilizadas e as instruções de administração.

Áreas desenvolvidas:

• Atenção;
• Discriminação (visual);
• Capacidade para a adiar a resposta;
• Autocontrolo através de autoverbalizações internas e de autorregulação;
• Capacidade de análise;
• Resolução de problemas.

O PIAAR-R ensina diversas estratégias cognitivas que visam promover ou aumentar o tempo ou a latência e a precisão ou exatidão, com o objetivo de melhorar o rendimento.

Técnicas de intervenção:

• Demora forçada – Consiste em impor aos alunos um determinado tempo de reflexão, antes de darem uma resposta a um problema, exercício ou estímulo apresentado;
• Estratégias cognitivas adequadas à procura e análise de detalhes (scanning) – Consiste em ensinar o aluno a analisar atentamente os detalhes, apresentando-lhe, de uma forma bastante clara, estratégias pertinentes a utilizar;
• Estratégias de autocontrolo verbal por intermédio de autoinstruções – Consiste em ensinar o aluno a utilizar as autoverbalizações como reguladoras do seu comportamento e como instrumento de autocontrolo;
• Treino para a resolução de problemas – Consiste em apresentar problemas hipotéticos, não necessariamente escolares, observados no dia a dia, enfatizando-se a produção de várias alternativas de solução e a análise das suas possíveis consequências positivas e negativas, antes de se optar pela solução que, em termos de custo, risco e precisão, seja considerada a melhor;
• Modelagem participativa – utilizada como complemento de outras técnicas de intervenção, consiste em exemplificar aos alunos como se realizam os exercícios (para que estes aprendam a refletir) e em corrigi-los (verbalizando as estratégias que conduzem à sua resolução);
• Reforços – A aprovação, o encorajamento, o reconhecimento e a crítica construtiva são utilizados em todos os exercícios.

Administração:

O PIAAR-R pode ser aplicado por psicólogos ou professores/educadores que desempenhem funções associadas ao acompanhamento de alunos. No manual são apresentadas instruções gerais sobre a sua administração e, também, recomendações para o monitor e para os pais.

Correção:

A correção do nível 1 processa-se em função da maturidade dos alunos e da dinâmica do grupo. Crianças muito jovens serão, provavelmente, incapazes de corrigir adequadamente os exercícios, devendo ser o monitor a fazê-la. No entanto, o monitor deve realizar todos os exercícios referindo os processos cognitivos incluídos e justificando as suas soluções, aplicando assim a modelagem participativa.

Por sua vez, a correção dos exercícios do nível 2, pode ser feita de forma autónoma pelo aluno, exceto nas sessões em que é solicitada a resolução de problemas; nestas sessões a correção é da responsabilidade do monitor. Os alunos podem corrigir o seu próprio exercício ou trocar com outro colega.